Gleiva pede Processo Administrativo para apurar responsabilidades na compra dos tapumes

Os andamentos das obras de construção da sede própria da Câmara Municipal foi tema de debates na noite de ontem durante a sessão ordinária. Na oportunidade, o engenheiro Eurípedes Balsanufo de Sousa Melo utilizou a Tribuna Livre para falar sobre a rescisão de seu contrato como engenheiro para execução da obra, sendo sucedido posteriormente pela advogada Priscila Viana, consultora jurídica do Legislativo, que apontou os motivos que levaram à quebra do contrato.

Um dos pontos de maior discussão foi a instalação dos tapumes que hoje existem no terreno onde será realizada a obra. Por um lado, o engenheiro Eurípedes afirma que houve mudança nas especificações técnicas que ele havia repassado para a Câmara para compra dos madeirites, afirmando que foi comprado um modelo inferior ao que ele solicitou, dizendo que então não teria responsabilidade alguma quanto aquela situação. Para o engenheiro a responsabilidade seria do servidor nomeado como fiscal do contrato.

No entanto, documentos apresentados pela vereadora Gleiva Ferreira de Melo ainda durante a reunião mostraram que o Termo de Referência utilizado para a compra do material foi exatamente o mesmo solicitado pelo engenheiro e que, conforme o contrato firmado com a empresa vencedora, o fiscal do contrato seria a diretoria geral da Câmara. A vereadora ainda lembrou que no momento da instalação dos tapumes, o engenheiro assinava como Responsável Técnico pela obra e que, dessa forma, ele também teria a responsabilidade de fiscalizar o material instalado, já que recebia por essa função.

“Eu quero pedir ao presidente que se abra processo administrativo para apurar essas responsabilidades. É muito estranho, porque isso aqui não foi forjado, está no Portal da Transparência o que deveria ser feito. E, pelo que o engenheiro disse, não foi compro o madeirite solicitado ou similar. Por que se comprou outro tipo de material? Essa Mesa Diretora é séria e quero que os culpados que assinaram e autorizaram esse serviço sejam responsabilizados”, afirmou.

A vereadora encaminhou a solicitação de processo administrativo de forma oral ao presidente da Câmara, Pedro do Nascimento, e afirmou que espera que os trâmites necessários sejam adotados para verificar todas as responsabilidades sobre o caso.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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