A triste missão do brasileiro nas urnas em 2018
No próximo dia 15 de agosto encerra-se o prazo para os partidos políticos registrarem as candidaturas dos escolhidos para disputar os cargos de Presidente, Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual. Apesar da discussão local se dar mais em torno dessas últimas duas figuras, acho válido também discutirmos quais as figuras que temos para escolher para o Poder Executivo Federal e Estadual. E, confesso que, olhando o cenário e os nomes colocados até o momento nas convenções já realizadas – e as que estão por realizar – não estou nem um pouco animado.
O Brasil tem vivido um panorama de instabilidade desde o impeachment de Dilma. A subida de Michel Temer para a presidência, apontada à época como uma solução para os problemas políticos e econômicos do país, se mostrou um fracasso. E não há uma novidade substancial para substituí-lo. Sim, dos nomes que temos aí, todos já são velhos conhecidos do povo. Tem o de centro-direita, tem o de centro-esquerda, tem o de centro-centro, e tem aqueles de discurso populista, que se vende fácil mas que, no final das contas, o conteúdo é zero.
Para o governo do estado, a atual gestão de Fernando Pimentel tem sido desastrosa, especialmente para o funcionalismo público estadual. Além dele, os demais nomes que se colocam não apresentam algo substancialmente consistente no momento. Ou são velhos conhecidos, ou são políticos que estão ingressando nessa empreitada esperando surgir como um meteoro e roubar a cena. É o caso de empresários que têm colocado seu nome na disputa ou mesmo de deputados que se colocam como candidatos ao governo.
Nessa perspectiva, como escolher? Talvez, por eliminação. É o melhor cenário? Certamente que não. Triste missão essa do brasileiro que vai ter que escolher, por eliminação, quem colocar no comando de Minas Gerais e do Brasil. E as consequências podem ser drásticas. Por isso, nesse momento em que se apresentam as candidaturas, o que vou fazer é sentar, analisar, pensar, tomar um café e, quem sabe, lá em 7 de outubro, chegar a uma conclusão diante da urna.
Que todos nós possamos refletir nossas escolhas.
