Júri condena homem a 4 anos por crime ocorrido em 2006
Um homicídio ocorrido em 2006 foi finalmente julgado ontem, dia 6 de junho, pela justiça frutalense. À época dos fatos, durante comemoração da vitória do Brasil em um dos jogos da Copa da Alemanha, Paulo Silas morreu no banheiro feminino da praça da Matriz após entrar em luta corporal com Daniel Assunção, que respondeu a acusação como autor do crime. Conforme foi destacado na tarde de ontem pelo advogado de defesa, Renato de Oliveira Furtado, o caso todo começou quando Ana Cristina, irmã de Daniel, precisou ir ao banheiro e pediu para que ele vigiasse a porta para que nenhum outro homem entrasse lá, uma vez que havia centenas de pessoas na praça.
Pouco depois que ela entrou Daniel visualizou um homem passando abaixado e descendo as escadarias do banheiro. Ele correu para o local e ao chegar lá teria ouvido gritos de Ana Cristina e, nesse momento, Daniel e Paulo entram em luta corporal. Em razão dos ferimentos, Paulo acabou morrendo sufocado pelo próprio sangue. O detalhe é que tanto autor e vítima eram amigos e estariam juntos comemorando, sendo que, no momento da briga, ele não teria visto exatamente com quem ele lutava pelo fato do local ser mal iluminado.
Paulo chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Desde então o processo se arrastava na justiça e, na tarde de quarta, Daniel foi condenado a uma pena de 4 anos em regime aberto. Isso graças ao trabalho da defesa que conseguiu convencer o corpo de jurados que o crime ocorreu por uma legítima defesa de Daniel em razão de sua irmã, uma vez que o homem entrou no banheiro atrás dela. O resultado do julgamento foi comemorado pela defesa, uma vez que o Ministério Público pedia condenação por homicídio qualificado, que teria uma pena mínima de 12 anos.
No entanto, dadas às circunstâncias todas demonstradas durante o julgamento, o corpo de jurados entendeu que o acusado agiu legitimamente e, portanto, a condenação a 4 anos em regime aberto foi considerada uma vitória para o advogado Renato Furtado, para Daniel e seus familiares.
