MG tem mortes por febrr amarela. Região de Frutal não está na lista

Em menos de uma semana, o número de óbitos provocados pela febre amarela em Minas Gerais aumentou 66%, de 15 para 25, de acordo com boletim divulgado na terça-feira (23) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O número anterior era do dia 17 de janeiro. Para fortalecer o combate à doença, o Estado anunciou, na terça-feira, que vai liberar R$ 3,9 milhões para ações de controle e criação de novos leitos em hospitais.

De acordo com o boletim, o Estado tem 47 casos confirmados de febre amarela, distribuídos em 24 municípios – o relatório ainda não considera dois novos casos confirmados na terça-feira em Brumadinho, na região metropolitana. Cerca de 93% das vítimas são homens, que não se vacinaram. Os pacientes têm entre 15 e 88 anos.

Os óbitos estão concentrados em 16 cidades – Poço Fundo, no Sul de Minas, Mateus Leme, na região metropolitana, Barão de Cocais e Santa Bárbara, na região Central, e Porto Firme e Viçosa, na Zona da Mata, entraram para a lista. A Prefeitura de Viçosa, inclusive, decretou Situação de Emergência em Saúde Pública por causa da febre amarela. “Nós começamos o ano com uma letalidade de aproximadamente 80% e hoje temos aproximadamente 53%. Ainda temos vários casos em investigação e, até o momento, são poucos os que evoluíram para óbito. Possivelmente, essa letalidade ainda vai reduzir ao longo das próximas semanas”, afirmou o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES, Rodrigo Said.

Ele ressaltou que, devido ao aumento da cobertura vacinal, houve redução significativa das ocorrências em relação ao ano passado – o total de casos hoje corresponde a 15% dos notificados em 2017, no mesmo período. Ainda assim, cerca de 3,5 milhões de pessoas ainda não se imunizaram em Minas.

Recursos. Na terça-feira, o Estado publicou uma resolução que permite repasses emergenciais de até R$ 2,49 milhões a cidades com casos confirmados de febre amarela e episódios de morte de macacos. Entre os objetivos do incentivo está fortalecer as estratégias de vacinação e a coleta de material biológico para o diagnóstico da doença. Os recursos, do Fundo Estadual de Saúde, variam de acordo com a população dos municípios.

Além disso, o Estado autorizou o repasse de recursos para a disponibilização de novos leitos em hospitais de referência para o tratamento da febre amarela. O valor total, que será ofertado a municípios com casos suspeitos e confirmados da doença, é de R$ 1,5 milhão.

Em Belo Horizonte, os hospitais Eduardo de Menezes, Dr. Célio de Castro, conhecido como Hospital do Barreiro, e a Santa Casa devem ganhar novas vagas. “São leitos qualificados, que vão possibilitar o acesso imediato dos pacientes graves. Vai haver um cuidado precoce, com maior chance de desfecho favorável para os pacientes”, afirmou a superintendente de programação assistencial da SES, Zeila Marques.

Fonte: O Tempo

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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