Vereadores e testemunhas são ouvidos durante 10 horas no Fórum de Frutal

Durante toda a tarde e noite de ontem ocorreu no Fórum de Frutal a audiência de instrução e julgamento da ação criminal movida contra os sete vereadores denunciados pela Polícia Civil por corrupção ativa e passiva após investigações da Operação Dejá Vu. A sessão teve início às 13 horas e só foi encerrada por volta das 23h30 e, durante este período, Ésio dos Santos, Joab de Paula Alves, Ricardo Mazzarope, Douglas Doyal, Nenê Finuh, Romero Menezes e Edison Yamagami estiveram presentes acompanhados de seus advogados. Na oportunidade, além de prestarem mais esclarecimentos tanto para o Ministério Público e para seus defensores, os vereadores afastados ainda puderam presenciar os depoimentos de testemunhas de acusação e defesa.

Em entrevista à Rádio 102FM na manhã de hoje, a promotora Daniela Campos destacou que a audiência foi longa, porém, necessária para que se pudesse ouvir todas as partes do processo. Com todos os envolvidos já ouvidos, abre-se agora o prazo para alegações finais tanto do MP como da defesa. Após isso, caberá ao juiz analisar as provas produzidas nos autos e dar a sentença de absolvição ou condenação dos denunciados.

“O processo apura-se a prática ou não de corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa. Tivemos todas as cinco testemunhas do Ministério Público ouvida, assim como as testemunhas de defesa, além dos investigados. Não houve nenhuma novidade apresentada. Agora precisamos ser criteriosos nas alegações finais em relação ao conjunto probatório para saber o que existe de provas suficientes para condenação na denúncia e o que porventura não se comprovou para que seja pedida a absolvição. O compromisso do Ministério Público é com a verdade, as provas e o direito. Vamos nos ater nas provas produzidas e a partir destas análises vamos poder, nas alegações finais, o que se comprovou ao longo da instrução para o pedido de condenação”, explicou a promotora.

Ação Cível

Além da ação criminal, que teve a audiência realizada ontem (24), os vereadores ainda respondem a uma ação na esfera Cível, onde foram denunciados por improbidade administrativa. É essa ação que resultou no afastamento de todos os sete por 180 dias.

Processantes

Os vereadores ainda enfrentam, individualmente, investigações de Comissões Processantes instauradas na Câmara de Frutal para apurar fatos relativos às denúncias apresentadas pela Operação Dejá Vu. As comissões estão em pleno trabalho, no entanto, até o momento ainda não foram iniciadas as oitivas dos envolvidos e de testemunhas.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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