Pela sexta vez, sem quórum, Câmara não realiza eleição da Mesa Diretora
Já está ficando repetitivo. Mas, pela sexta vez consecutiva a Câmara de Frutal continua sem eleição para presidente da Mesa Diretora. Desde que uma liminar derrubou a eleição realizada no dia 1 de janeiro devido a vícios no processo encontrados pelo juiz da Comarca local, sucessivas reuniões são agendadas pelo presidente interino Bruno Augusto, vereador mais votado nas eleições 2016. No final da tarde de ontem o pedido de suspensão dos efeitos da liminar ingressado pelos demais vereadores foi negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
No pedido feito pelo advogado dos 11 vereadores, Rodrigo Ribeiro (do escritório Ribeiro e Silva, de Uberlândia) constava que o Judiciário estaria interferindo no trabalho do Legislativo ao anular a eleição do dia 1 de janeiro e ordenar que uma nova eleição fosse feita de acordo com as chapas inscritas naquela data. No entanto o desembargador responsável por analisar o pedido não entendeu que houve intervenção do juiz da Comarca de Frutal, uma vez que a liminar aponta que essa questão seria “interna corpore”, ou seja, de competência exclusiva do Legislativo municipal.
Desta forma a história vem se arrastando há mais de uma semana. Enquanto isso as reuniões ordinárias não estão sendo realizadas e, desta forma, projetos, indicações, entre outros processos que dependem de aprovação dos vereadores, não são votados. Até mesmo o salário de servidores e vereadores está suspenso por falta de um presidente. A partir deste dia 21 de março a Câmara também paga uma multa de R$7 mil para o INSS pelo atraso no recolhimento das guias relativas aos salários pagos pela Casa. Ou seja, os prejuízos só vão aumentando.
Novamente estiveram presentes na reunião de hoje apenas os vereadores Edivalder Cheiroso, Professor Querino, Pedrinho do Gás e Bruno Augusto. Uma nova reunião foi agendada para amanhã, dia 22 de março, na tentativa de encerrar esse imbróglio.
