Universitário preso em Chapadão do Sul afirma arrependimento de assaltos e nega participação em homicídio

Acompanhado pelo renomado advogado mineiro, José Rodrigo de Almeida, o acadêmico de agronomia Alexandre Silva Ribeiro prestou um definitivo depoimento atualizado, marcado pelo arrependimento, e tendo como destaque a confirmação do ressarcimento financeiro à todas as vítimas dos ataques ocorridos em estabelecimentos comerciais na primeira semana de fevereiro deste ano em Chapadão do Sul. O documento – já encaminhado ao Ministério Público – também trás fatos que poderão dar novo rumo no processo que investiga a execução sumária de um jovem de 16 anos ocorrido logo após o assalto frustrado contra a farmácia São Bento, por volta das 10 horas do dia 4 de fevereiro.

NÃO ACOMPANHOU A EXECUAÇÃO – Alexandre – motorista da quadrilha – confirma que ficou no carro e não participou da execução. A presença do Dr. José Rodrigo de Almeida em Chapadão do Sul deve-se ao fato de seu cliente ter adiado esta confissão porque estaria sendo ameaçado dentro da cadeia. Ele foi objetivo e esclareceu fatos anteriores como o trajeto feito logo após o assalto à farmácia. Conduziu o carro até as imediações do lixão (torre da Rádio Cultura) onde dois menores e Bruno Bottezel – com uma barra de ferro na mão – desceram. De dentro do carro escutou os gritos, mas foi ter a certeza da execução do menino por espancamento somente no dia seguinte com a repercussão em Chapadão do Sul.

DIVIDA – O ex-acadêmico de Agronomia da UFMS reiterou ao delegado Danilo Mansur que não participou do homicídio do menor que integrava a quadrilha, mas admitiu que decidiu participar dos assaltos como motorista para tentar receber o que Bruno Bottezel lhe devia pela venda de uma arma. Conheceu o menino executado no dia dos assaltos a quatro estabelecimentos comerciais.

RESTITUIÇÃO – Alexandre garante que o jovem morto ainda tentou correr mas foi alcançado e abatido com golpes na cabeça. Por telefone o advogado de Alexandre também confirmou que fará a restituição dos valores roubados dos estabelecimentos comerciais e de um celular levado num dos assaltos. Ele não quis adiantar mais detalhes da defesa, mas reiterou que seu cliente vai arcar apenas com a culpa relativa à sua participação.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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