Serviço social oferece dignidade a pacientes e seus familiares

Buscar a satisfação do paciente e de seus familiares. Esse é o princípio básico do serviço social oferecido pelo Hospital Frei Gabriel. Atualmente, são duas profissionais que têm o papel de acolher e proporcionar a melhora assistência possível: Cleusa Maria Grassi, que atua de manhã, de segunda a sexta-feira e Daura Luiza de Freitas, que trabalha segunda, quarta e quinta à tarde e na terça-feira, pela manhã.

Segundo Cleusa Grassi, muitas vezes, o paciente chega ao hospital já fragilizado, desconhece seus deveres e direitos e o serviço social passa então a ser sua referência dentro da instituição. Ela conta que na maioria das vezes, o paciente chega desacompanhado, não possui família e tampouco recursos para a aquisição de medicamentos no instante em que recebe alta hospitalar. “Trabalhamos em rede para que esta pessoa possa ter todos os meios necessários para um acompanhamento digno”, explica.

Ainda de acordo com Cleusa Grassi, pelo fato de Frutal estar num entroncamento rodoviário, o serviço social muitas vezes faz a localização de familiares de pacientes acidentados que estão distantes. Começa aí um verdadeiro trabalho de busca e de levantamentos de informações que possam identificar estas pessoas e viabilizar meios para que elas possam vir a Frutal acompanhar o quadro clínico do paciente. “O serviço social busca a satisfação do paciente, proporcionando a ele um atendimento humanizado”, ressalta.

Ao longo de 27 anos de carreira, dos quais 13 somente no Hospital Frei Gabriel, Cleusa Grassi diz que já vivenciou inúmeras histórias emocionantes, mas uma delas foi marcante. Um acidente na BR 153 envolvendo uma família de Tocantins, no qual pai faleceu no local, a mãe foi transferida em estado grave para Uberaba , sobrevivendo apenas as duas meninas, na época com oito e 10 anos, hoje já adolescentes. “Todo o hospital se comoveu, tivemos que fazer o papel da família, cuidando das crianças até que outros familiares pudessem vir acolhê-las”, relembra Cleusa ao completar: “até hoje, por meio das redes sociais, a família das vitimas agradecem o gesto de ajuda por parte de todos do hospital”, conta.

Outra passagem lembrada por Cleusa Grassi foi a de um senhor da cidade de Osvaldo Cruz, que no instante em que era atendido no hospital, acabou se descobrindo que ele estava desaparecido de seus familiares havia 15 anos. Foi iniciado um levantamento de informações e, após a montagem do quebra-cabeça, foi descoberto que se tratava de um homem rico com várias propriedades rurais que havia se perdido. Assim que soube, sua família veio a Frutal e ficou extremamente agradecida pela assistência e atenção dadas ao caso.

É por estas e várias outras histórias que Cleusa Grassi afirma que muitas vezes, o assistente social acaba tendo que assumir um pouco do papel de psicólogo na tentativa de fazer o melhor que pode pelo familiar do paciente. “Na faculdade aprendemos que não se deve envolver emocionalmente com a dor do paciente, mas numa instituição como o Frei Gabriel descobrimos que precisamos sempre nos colocar no lugar do outro, oferecendo sempre um atendimento humano”, finaliza. (Zilma de Oliveira – Assessora de Imprensa do Hospital Frei Gabriel)

 

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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