Eleições para diretores das escolas municipais devem ficar só na promessa de campanha em 2017

O Programa Raio-X veiculou reportagem na manhã de hoje apontando reclamações de mães e familiares de alunos que frequentam os CEMEI’s de Frutal quanto à questão da escolha dos diretores das entidades. De acordo com os entrevistados, a nova administração fez troca de direção sem que houvesse uma eleição, tal qual foi prometido durante a campanha política da atual mandatária Maria Cecília Marchi Borges. Dentre outras críticas a principal foi o fato de que os pais sequer foram ouvidos ou puderam opinar nas trocas de diretores. Pessoas ouvidas pelo Blog no início dessa tarde também disseram que o mesmo ocorreu em algumas escolas municipais, onde diretores foram trocados sem consulta à comunidade escolar.

O que mais me chamou a atenção foi a nota lida ao final da reportagem, onde a Secretaria de Educação e o Departamento de Comunicação afirmam que os novos diretores são pessoas da confiança da administração municipal e que – pasmem – a eleição para a escolha de diretores irá acontecer até o ano que vem. Ou seja, a promessa de campanha só será cumprida – e se for cumprida – em 2018. Até lá, muita água para rolar ainda pela frente.

Me estranha essa demora gigantesca para se fazer uma eleição numa escola. Isso porque basta abrir um edital com condicionantes para os possíveis candidatos, montar uma comissão eleitoral e fazer a escolha na urna. O mais votado fica com a direção e pronto. Será mesmo tão difícil estabelecer essa eleição ou é apenas uma forma de deixar os “escolhidos” por pelo menos um ano na frente das direções? Ou medo de que algum “opositor” vença a direção?

Como disse em artigo mais cedo: em Frutal, na política, o funcionário público não pode ter lado ou ideologias porque será “cobrado”, independente de sua competência ou experiência profissional. Só vale lembrar aos mandatários que o cargo político, passa. Eleições ocorrem de quatro em quatro anos. Mas o funcionário de carreira, fica. Ou seja: Frutal precisa amadurecer – e muito! – nesse quesito. Só assim, talvez, poderemos ter uma cidade que se desenvolva tal qual desejamos.

Vamos esperar para ver até quando a promessa das eleições para diretores irá ficar “em banho Maria”. Ou, num trocadalho do carilho, “em banho da Maria”.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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