MUNICÍPIOS DA SRS UBERABA REALIZAM LEVANTAMENTO DE ÍNDICE RÁPIDO DE AEDES AEGYPTI (LIRAa)

aedes_5Realizado no último mês de outubro, o LIRAa apontou situação de médio risco para a proliferação do Aedes aegypti nos municípios de Frutal e Uberaba, na região ampliada de saúde Triângulo Sul. Os municípios de Araxá, Conceição das Alagoas e Iturama também realizaram o levantamento, mas até momento, foram estratificados com baixo índice. A ação visa preparar as equipes municipais para a chegada do período chuvoso e o consequente aumento da dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes, durante o verão.

O Superintendente Regional de Saúde de Uberaba, Ivan José da Silva, chama a atenção para que “os profissionais de saúde e também a comunidade, atentem para os principais focos de criadouros identificados. Em todas as cidades, o lixo urbano tem sido um importante fator de proliferação do mosquito, com recipientes plásticos, latas, sucatas em pátios e ferros velhos, assim como vasos e frascos d’água, dentro das residências”.

Ivan alerta ainda que, “neste momento de transição de governo, é importante os prefeitos manterem o número de profissionais, especialmente Agentes Comunitários e de Controle de Endemias nas equipes, sabendo que esta se iniciando um novo ciclo de proliferação do mosquito”.

A referência técnica de vigilância epidemiológica da SRS Uberaba, Iara Irma Cardoso, comparou o LIRAa realizado no ano passado com o deste ano, ambos no mês de outubro, e observou que “a diferença não foi muito grande com relação ao aumento do índice, mas no número de notificações e na ocorrência de óbitos, sim. Por isso é muito importante que a população faça sua parte, reservando apenas 10 minutos por semana para verificar em suas casas se existe a ocorrência de objetos como vasos de plantas, bandejas de geladeiras, vasilhas de animais, entre outros, que possam estar acumulando água.”

Outra informação importante é o alto número de imóveis não vistoriados, por estarem fechados. Em alguns municípios esse número chega a até 30% do total. “Neste caso, sugerimos que as equipes trabalhem em horários alternativos, para alcançar aqueles moradores que ficam fora de casa o dia todo” complementa Iara.

 

LIRAa – Outubro/ 2016  
Municípios IIP Estratos Depósitos predominantes  
Aedes aegypti Aedes albopictus Baixo Médio Alto  
Araxá 0,6 0 X     A2; B ; D2  
Conceição das Alagoas 0,8 0 X     A2 ; D2  
Frutal 2,3 0,4   X   D2; B; A2; C  
Iturama 0,2 0 X     D2  
Uberaba 1,6 0   X   B; C; D2; A2  
     

 

 

       
 
Grupo A

(Armazenamento de água)

A1 Caixa d’ água elevada ligada à rede pública e/ou sistema de abastecimento particular (poço, cisterna, mina)  
A2 Depósitos em obras e horticultura. Depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico: tonel, tambor, barril, tina, depósitos de barros (filtros, moringas, potes) cisternas, caixa d’água, capitação de água (poço, cacimba).  
 
Grupo B B Vasos/frascos com água, prato, pingadeira, recipiente de degelo de refrigeradores, bebedouros, pequenas fontes ornamentais.  
 
Grupo C

(Depósitos fixos)

C Calhas, ralos, sanitários (em desuso), tanques em obras/borracharias, máquinas/equip. em pátios, piscinas e fontes ornamentais, floreiras em cemitérios, cacos de vidro em muros.  
 
Grupo D

(Depósitos passíveis de remoção)

D1 Pneus e outros materiais rodantes (câmera de ar, manchões).  
D2 Lixo (recipientes plásticos, latas) sucatas em pátios e ferro velhos, entulhos.  
 
Grupo E

(Depósitos naturais)

E Folhas de bromélias, ocos em árvores, buracos em rochas, restos de animais (cascas, carapaças).  

  • Material de campanha, esclarecimento de dúvidas e maiores informações sobre Dengue, Zika e Chikungunya em Minas Gerais, disponíveis em: http://www.saude.mg.gov.br/aedes

 

 

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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