Contrariando o Tribunal de Contas, Câmara de Frutal aprova contas de Mauri

1711parecertcmgCom a presença do prefeito Mauri Alves no plenário – assim como de alguns secretários municipais – a Câmara de Frutal acaba de aprovar as contas da gestão do Executivo relativas ao ano de 2014, contrariando a orientação do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCMG) que apontava para uma rejeição devido à “pedalada fiscal” cometida para segurar as contas do município. Durante a discussão do projeto várias críticas duras foram tecidas à gestão e às contas apresentadas, em especial pelos vereadores Carlos Roberto Silva e Bruno Augusto.

Durante a discussão das contas houve uma pequena tensão entre os vereadores Juninho do Sindicato e Carlos Roberto ao fazer um comparativo entre a situação de Mauri e as contas do ex-prefeito Toninho Heitor que teriam chegado com algum problema apontado pelo TCMG, mas que foi revertido posteriormente pelo ex-prefeito.  “Foi um erro jurídico e dá tempo de consertar. Por isso eu dou meu voto de confiança a Mauri” disse Juninho.

Na opinião do vereador Bruno Augusto em sua fala no plenário, o que estava em discussão não era a honestidade do prefeito. Porém, ele afirmou não poder contrariar um parecer técnico que foi enviado para a Câmara sem nenhum tipo de ressalva. “Vou acompanhar o voto do Tribunal, mas deixo registrado meu respeito pelo prefeito Mauri. Mas, mais uma vez, temos que ver a questão da assessoria jurídica da Prefeitura. Mais uma vez ele não consegue desempenhar sua função da forma como deveria. Esse é mais um problema que chega a essa câmara devido a falhas na atuação dele”.

Os vereadores que votaram favoráveis afirmaram, em seus discursos, que houve um erro técnico do Tribunal de Contas na notificação da prefeitura para as correções necessárias nas contas.  Conforme foi relatado, a notificação foi repassado ao setor jurídico da Prefeitura que “esqueceu” de repassar as justificativas para o TCMG e, com a perda de prazo, foi feito o relatório pela reprovação das contas. Dessa forma, eles entenderam que não houve desonestidade por parte de Mauri Alves e acreditam que a autonomia política da Câmara deve prevalecer sobre o parecer técnico.

A rejeição das contas implicaria em consequências políticas futuras, já que, pela Lei da Ficha Limpa, contas rejeitadas seriam suficiente para deixar inelegível um pretenso candidato. Ou seja, com a rejeição das contas Mauri ficaria, em tese, 8 anos afastado das eleições como pretenso candidato.

Na votação nominal procedida pela presidência, cada um votou assim:

  1. Bruno Augusto – Rejeição
  2. Carlos Roberto – Rejeição
  3. Edivalder Cheiroso – Abstenção
  4. Josimar Campos – Rejeição
  5. Dr. Lúcio – Rejeição
  6. Maíza – Aprovação
  7. Gleiva – Aprovação
  8. Juninho do Sindicato – Aprovação
  9. Nei Vicentino – Aprovação
  10. Zizi – Aprovação
  11. Romero Menezes – Aprovação
  12. Joab do Baratão – Aprovação
  13. Sinomar Borges – Aprovação
  14. Mazzarope – Aprovação
  15. Sargento Marcelo – Aprovação

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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