Há 9 anos a UEMG-Frutal era estadualizada
A Unidade de Frutal da UEMG comemora hoje seus 9 anos de estadualização. Em meio a uma greve docente e discente e ocupação de sua unidade, a Universidade ainda está longe de chegar ao ideal sonhado por aqueles que a iniciaram e por aqueles que hoje constroem. Se, por um lado, as demandas de ambas as partes são extremamente válidas, como reposição salarial dos professores, mais investimentos no ensino superior, melhor estrutura de laboratórios e biblioteca e concursos públicos em fluxo contínuo (por parte dos docentes), auxílio permanência, restaurante universitário, mais qualidade e investimento no ensino (por parte dos alunos), o que assistimos, no momento, são negociações com o Governo de Minas Gerais que não avançam sob a “desculpa” da Lei de Responsabilidade Fiscal e da “crise financeira” que Minas Gerais enfrenta junto com o Brasil.
A pergunta que me faço, agora, é: passados 9 anos da estadualização, onde chegamos e para onde vamos?
Pensar onde chegamos, é até fácil de refletir. A Universidade transformou a vida de Frutal (gostem ou não, transformou) e a vida de milhares de alunos que passaram por ali. Da mesma forma os acontecimentos dos últimos dois anos transformaram a realidade e os rumos que a unidade de Frutal tomou em todos os seus âmbitos: pedagógicos, administrativos, científicos e de extensão. Como serão os desdobramentos desses rumos creio ainda estar cedo para entendermos a dimensão disso, já que só poderemos ponderar adequadamente sobre esse assunto assim que a distância do tempo (e dos fatos) nos permitir.
O fato é que, se hoje temos movimento estudantil e movimento docente que briga por melhorias, que critica e aponta falhas na estrutura da Universidade, isso só se deve pelo fato de estarmos próximos a completar uma década de sua estadualização. E a história não pode e não deve ser apagada, mesmo que os desdobramentos de um ou outro personagem não tenha sido tão glorioso como se imaginava à época.
A UEMG existe. Ela permanece e permanecerá como uma instituição de ensino superior que transformou – e ainda vai transformar ainda mais – a cidade, a região, o estado e o país. E que, nesse momento, ao comemorarmos mais um aniversário daquele histórico 21 de junho de 2007 (e só quem esteve lá sabe como foi de arrepiar a vibração dos estudantes com o anúncio da estadualização), possamos começar a pensar, projetar e trabalhar para que anos melhores – e mais dignos – possam vir para a Universidade em Frutal.
