Reitoria inicia conversas com grevistas da UEMG

Foto: Otávio Machado
Foto: Otávio Machado

As negociações com professores em greve das duas universidades públicas estaduais de Minas Gerais foram abertas, na tentativa de retomada das atividades. Na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) a reitoria marcou reunião com representantes da categoria para a tarde desta quinta-feira. No terceiro dia do movimento, nesta quarta-feira, seguiam paradas parcialmente as unidades da Uemg de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e a de Frutal, no Triângulo Mineiro, onde alunos ocuparam o prédio. Já a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no Norte do estado, segue em greve parcial, com adesão de 75% dos docentes dos cursos de graduação, segundo informaram sindicalistas.

Professores das duas universidades têm reivindicações comuns em relação à recomposição salarial, já que o último aumento de salário da categoria foi em 2011. O índice de reajuste é superior a 40%. A greve na Uemg foi decidida na segunda-feira, com adesão em Ibirité e Frutal, de um total de 21 unidades no estado. A direção da universidade informou que o reitor Dijon Moraes Júnior convidou representantes da categoria para discutir a questão, mas adiantou que a pauta será encaminhada ao governo estadual.

De acordo com o professor Emmanuel Almada, presidente do sindicato dos docentes da Uemg (Aduemg), mais de 200 professores estão em greve nas duas unidades, que atendem a 2,5 mil alunos. O dirigente sindical diz que, além da reparação salarial, a categoria reivindica a realização de concursos públicos contínuos, para atender as demandas dos departamentos, e que sejam organizados pela própria universidade.

Segundo Almada, dos 2 mil professores da instituição, 8% são concursados. Os outros são contratados (designados). A Uemg atende a 20 mil estudantes em 16 municípios do interior e em cinco faculdades na capital. Em Frutal, o professor Otávio Luiz Machado, chefe do Departamento de Ciências Humanas, calcula que 90% dos docentes cruzaram os braços. “Os estudantes também pararam em solidariedade aos professores e também para reivindicar recursos para moradia e alimentação, entre outras pautas. Um grupo, com mais de 100 alunos, ocupou o prédio e está acampado em barracas”, disse Machado.

Na Unimontes, o professor Gilmar Ribeiro, presidente do sindicato dos professores (Adunimontes), disse que subsecretário de Ensino Superior, Márcio Rosa Portes, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), convocou reunião para terça-feira na Cidade Administrativa. Ribeiro, que calcula que a paralisação chega a 75%, se disse otimista em relação à abertura das negociações. Nesta quinta-feira, os sindicalistas se reúnem no fim da manhã com o reitor João dos Reis Canela, que esteve na capital para discutir a pauta de reivindicações dos grevistas com representantes do governo. Em Montes Claros, alunos também aderiram ao movimento e reivindicam recursos para benefícios de alimentação e moradia, entre outros. (RB)

Fonte: Jornal O Estado de Minas

rrochaok

2504princesa2

jm

Comments

comments

rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

%d blogueiros gostam disto: