Triângulo Mineiro amplia vigilância após série de tremores
O Triângulo Mineiro está no foco da Rede Sismográfica Brasileira devido à frequência de abalos sísmicos registrados em 2025. Somente até setembro, a região concentrou 91 ocorrências, o que corresponde a 41% de todos os tremores identificados no país. Minas Gerais, no mesmo período, respondeu por 218 registros no total.
Entre os municípios mais afetados estão Frutal, Planura e Pirajuba. Frutal, por exemplo, contabilizou oito episódios de tremores apenas até agosto deste ano. No fim de agosto e início de setembro, três cidades da região voltaram a registrar movimentações: Pirajuba, no dia 25/8, com intensidade de 2,8 mR; Frutal, em 26/8, com 2,3 mR; e Planura, em 1º/8, com 2,2 mR. Apesar de classificados como de baixa magnitude, os abalos reforçam a importância do monitoramento permanente.
Investimento em tecnologia
Para ampliar a capacidade de acompanhamento, cinco novos sismógrafos serão instalados em Minas Gerais, beneficiando Sete Lagoas, Betim, Lagoa Santa, Itabirito e Ipatinga. O projeto é fruto de parceria entre a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Defesa Civil estadual. O investimento chega a R$ 500 mil, cabendo aos municípios oferecer a infraestrutura necessária para os equipamentos.
Causas e riscos locais
De acordo com especialistas, a localização do Brasil no centro da Placa Sul-Americana, associada a condições locais, favorece a ocorrência de tremores. No Triângulo Mineiro, fatores como a mineração e a agricultura em larga escala podem contribuir para agravar o quadro e justificar a atenção especial destinada à região.
