Operação ‘Conexus’ contra cartel em postos de combustíveis cumpre mandados em Uberaba, Uberlândia, Formiga e interior de SP

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizou, nesta quinta-feira (3), a Operação “Conexus” contra uma organização criminosa voltada à prática de cartel em postos de combustíveis de Uberaba.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão, sendo nove em Uberaba e dois em Uberlândia; um alvo é gerente de posto de combustíveis e os demais são empresários. Os nomes não foram divulgados. Também foi feita uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Eles foram conduzidos para a Delegacia de Plantão de Uberaba e depois serão levados para a sede do Gaeco para serem ouvidos. Em seguida, os presos serão encaminhados para a Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira (PPAIO).

Também foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Uberaba; quatro em Uberlândia; um em Formiga, no Centro-Oeste de Minas; um em Franca e um em Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo. Celulares, documentos, euros, dólares e mais de R$ 120 mil foram apreendidos.

Todos os mandados foram expedidos pelo juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba.

A operação teve participação de militares das 5ª, 7ª e 9ª Regiões de Polícia Militar (RPM) de Minas Gerais e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), além dos Gaecos de Franca e Ribeirão Preto e da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP).

Segundo o Gaeco, pedidos da população de Uberaba contra as condutas anticoncorrenciais no mercado de postos revendedores de combustíveis e as claras evidências econômicas de alinhamentos de preços deram início às investigações em dezembro de 2018, em parceria com a 1ª Promotoria de Defesa do Consumidor.

Os levantamentos se intensificaram a partir de novembro de 2019, sendo comprovado que havia uma organização criminosa – composta pela maioria dos empresários ou gestores do setor de postos de combustíveis – praticando cartel em Uberaba, gerando prejuízos aos consumidores e à liberdade de mercado e concorrência.

As apurações também comprovaram outras ações criminosas, como adulteração de combustível, falsidade ideológica e, ainda, lavagem de dinheiro por “laranjas”, que blindavam os verdadeiros proprietários dos lucros ilícitos obtidos com o cartel. Também foram identificados indícios de sonegação fiscal.

De acordo com o coordenador do Gaeco de Uberaba, promotor José Cícero Barbosa da Silva Júnior, foi feita uma investigação profunda, com técnicas especiais, grampo telefônico e trabalho de campo.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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