Desafios para o futuro prefeito de Frutal

VistaAerea_FrutalA minirreforma eleitoral que adiou para 6 meses o prazo de filiação partidária deu uma esfriada nos bastidores políticos de Frutal, que estavam muito intensos no final do mês de setembro. No entanto, nas movimentações tímidas que acontecem, os pré-candidatos começam a se firmar e começar a sua “correria” em busca de apoios e alianças.

Os nomes já são praticamente conhecidos: Ciça, Caio Heitor, Eduardo Rodrigues, Mauri e, recentemente, ouvi conversas sobre uma movimentação em torno do nome de Juninho do Sindicato. Sem contar, claro, Toninho Heitor e Ésio dos Santos que nos últimos tempos têm se colocado como pré-candidatos também.

São muitos nomes ainda para pouca vaga: apenas uma para prefeito. No entanto, no frigir dos ovos, a partir de fevereiro/março começa-se a separar o “joio” do “trigo”, ou seja, quem de fato irá levar adiante a candidatura e quem deverá recuar e tentar uma composição de vice ou mesmo ser apenas um apoio no palanque.

É fato que para ser candidato precisa-se, basicamente, de duas coisas: votos e dinheiro para tocar a campanha. Querendo ou não, sem recursos financeiros não se leva a estrutura de divulgação do candidato. Sem votos, não adiantar ter dinheiro (se bem que uma boa divulgação pode ajudar a trazer votos). Em relação ao futuro prefeito… bem, este terá uma missão extremamente delicada.

A situação financeira de Frutal é a pior das últimas décadas. Quem assumir a prefeitura terá que ter pulso para promover os cortes necessários, economizar o quanto for preciso e, ainda, tentar tirar das costas do município despesas altíssimas como a manutenção do Frei Gabriel e o grande volume de funcionários contratados sem concurso. Por isso, as alianças políticas deverão ser enxutas para não sobrecarregar a máquina com secretarias inoperantes e cargos de segundo escalão que mais servem apenas como cabide de emprego.

No social, o desafio será muito grande também. Apesar da distribuição de cestas básicas e outros benefícios serem extremamente importantes para uma parcela da sociedade, o assistencialismo total não terá vez nos próximos anos. Ou, se levar como fora há pouco tempo atrás, não haverá caixa financeiro que suporte  manter a máquina funcionando. E aí, tome atraso nos repasses de entidades, nos salários dos funcionários e dos fornecedores.

A situação não é nada boa. Pouco tem sido feita para se melhorar. Como o ano de 2015 já está perdido e o de 2016 não deverá ser muito melhor, rezo para que o próximo prefeito tenha a coragem necessária para promover as mudanças que evitem uma quebra maior ainda do nosso município. Os nomes já estão circulando por aí. Agora resta que nós, eleitores, ouçamos atentos as suas conversas antes de decidir para que lado deveremos pender.

rf2015d

silasok

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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