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Editorial: Um triste acontecimento

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A população de Frutal ficou assustada – e consternada – com a notícia do estupro de uma garotinha de apenas 10 anos ocorrido nessa semana. Dentre os diversos pontos que constroem essa grotesca história, me chama a atenção principalmente a dinâmica de como ocorreu o fato e, principalmente, o cuidado que nós, pais, devemos ter com nossos filhos, independente de onde estivermos.
Digo isso sem a pretensão de acusar, culpar ou denegrir ninguém. Afinal de contas, uma atrocidade dessa poderia acontecer em qualquer lugar – até mesmo dentro de escolas, como já vimos noticiado em mídia nacional. Mas, de tudo isso, fica a lição de que atualmente não existem pais superprotetores: a própria violência estabelecida no mundo nos obriga a tomar decisões e atitudes que são estranhas à nossa própria infância.
Após o ocorrido, passei a me lembrar de como era a Frutal de 21 anos atrás, quando eu ainda estava com 10 anos. Sem dúvida, era uma cidade onde se podia ter um pouco mais de tranquilidade com as crianças. E olha que nem existia telefone celular. Mas quando saíamos de casa para andar de bicicleta ou brincar na casa de um amigo ou mesmo vizinho, nossos pais tinham uma tranquilidade a mais pelo fato da cidade ainda ser pequena e um pouco mais pacata.
Infelizmente, ao mesmo passo que a humanidade se desenvolveu com tecnologia e muitas coisas boas, também avançou em coisas más. Não estou dizendo que sou saudosista que há duas décadas não tínhamos crimes como esses acontecendo. Mas posso dizer, com toda certeza, de que não percebia-se tanta maldade como observamos hoje.
Obviamente que não me compete julgar os motivos disso. Talvez seja uma conjuntura de coisas e que possam até mesmo chegar a níveis espirituais ou no plano do abstrato, daquilo que não conseguimos entender com a lógica da raça humana. Porém, a cada dia que passa, sinto que a humanidade – no sentido daquele sentimento que nos liga uns aos outros como irmãos de uma mesma espécie – vai se perdendo. E, no lugar disso, vai sobrando algo que infelizmente não sei como definir.
Fica a lição, para nós, pais, sobre o ocorrido. E, infelizmente, há momentos em que será preciso nos “cercar” de todos os cuidados para o bem de nossos filhos.
Um abraço e até a próxima.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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