Jovem se apresenta a Polícia Civil e confessa autoria de homicídio

Um dia depois de dois homens serem presos pela Polícia Militar suspeitos de envolvimento em um homicídio registrado no domingo (3), em Frutal, um jovem procurou a Polícia Civil e se apresentou como o verdadeiro culpado do crime. Pablo Santhiago de Souza Ribeiro, 24 anos, procurou à delegacia acompanhado de um advogado e de familiares. Além de confessar o homicídio e a tentativa de homicídio, o rapaz entregou a arma utilizada nos crimes: uma pistola 380.

Em seu depoimento, Pablo Santhiago confessou ter atirado contra Vicente Ferreira da Silva, 52 anos e Ronaldo Pereira Bento, 36 anos. O primeiro morreu em consequência dos tiros, sendo que seu corpo somente foi encontrado horas depois do crime em um matagal próximo de sua casa, na Vila Esperança. O segundo foi socorrido e encontra-se internado em um hospital de Uberaba, com quadro de saúde estável.

O homicídio e a tentativa de homicídio ocorreram no início da madrugada do último domingo, em frente a uma pequena casa, situada na avenida Brasília entre o Pelotão do Corpo de Bombeiros e o córrego Vertente Grande. Pablo Santhiago alega ter agido em legítima defesa, pois Vicente e Ronaldo teriam partido em sua direção. Outras duas pessoas que estavam no local fugiram no momento da confusão e não foram atingidas.

Com a confissão de Pablo Santhiago, dois suspeitos presos ainda no domingo pela Polícia Militar, devem ser colocados em liberdade. Reginaldo de Oliveira, 46 anos e seu genro Augusto Jonas da Silva Filho (Pezão), 32 anos, foram apontados como autores dos crimes por testemunhas, que não tiveram seus nomes divulgados. O rapaz que assumiu o homicídio e a tentativa de homicídio afirmou que não os conhece.

Segundo Pablo Santhiago, após atirar contra Vicente e Ronaldo, ele pegou o carro em que estava e seguiu para a fazenda de um parente. Entretanto, na segunda-feira (4), após ouvir no rádio que duas pessoas estavam presas suspeitas de envolvimento no caso, decidiu se apresentar e contar a verdade. A arma utilizada nos crimes pertence ao pai do rapaz e é registrada. O familiar, contudo, não sabia que o filho estava com a pistola.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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