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Ruy Mesquita, demitidos, outra visão sobre região metropolitana

A morte do jornalista Ruy Mesquita, diretora do Estado de S.Paulo, parece que passou batida por aqui. Mas Dr. Ruy, como era conhecido, era proprietário de terras aqui na região do Chatão e tido como pessoa humilde, simples e de bom coração. Aliás, quem o via em Frutal fazendo compras ou andando pela cidade não poderia imaginar que aquela figura simpática seria o diretor de um dos mais poderosos grupos de mídia do país e considerado um dos grandes defensores da liberdade de imprensa no Brasil.

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Espero que a Câmara de Frutal possa homenagear o Dr. Ruy e sua família de algum modo, com uma moção de pesar, por exemplo. Diga-se de passagem que além de investir no plantio de seringueira em Frutal, segundo me contaram, ele também realizou diversas ações sociais no povoado de Vila Barroso, como doação do terreno onde está construída a escola, construção de casas e distribuição de alimento para famílias carentes de lá. Fica aí a sugestão a todos os vereadores de Frutal.

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Entrevista hoje na rádio 97FM com garis demitidas que estão preocupadíssimas em como pagarão suas contas a partir de agora. Mesmo com cesta básica, cadastro de seus currículos no SINE, etc., é fato que essas pessoas estão prestes a enfrentar um drama financeiro grande. Infelizmente.

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Não estou julgando aqui se a demissão se deu de forma A, B, ou C. O concurso estava nulo, tudo bem. Mas quem vai ser penalizado pela “cagada” das fraudes ocorridas na gestão passada são os trabalhadores.

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Sobre a discussão da região metropolitana, o professor André Vinícius também deu sua opinião nos comentários do blog:

“Discordo do Professor e amigo Leandro
Tomo aqui como referência o geógrafo Milton Santos para refletir e pontuar mesmo que de modo generalizado algumas questões.
No Brasil o fenômeno de urbanização é fato consolidado e, cada vez mais com forte tendência a metropolização, porém diferente do que temos até o início dos anos de 1990.
Podemos considerar que no momento atual, o aprofundamento da divisão social e espacial do trabalho se baseia numa nova racionalidade apoiada no emprego do saber e da técnica aplicada a produção e a gestão. Essa racionalidade não pode ser separada da dimensão técnica, científica e informacional da qual o mundo em suas diferentes escalas está inserido.
Genericamente podemos dizer que as regiões Metropolitanas têm pontos em comum:
São formadas por mais de um município, com o município núcleo que lhes dá o nome;
São objetos de programas especiais – boa parte federais (regiões de planejamento-aspectos setoriais);
O município núcleo apresenta centralidades de serviços e uma área bem maior em relação aos demais;
Possuem territórios construídos e produzidos sob a lógica da globalização;
Conflito e integração entre os circuitos superiores e inferiores da economia;
Concentração demográfica e da pobreza, incluindo a problemática ambiental;
São polos de atração de migrantes;
Os estudos urbanos ora realizados no Brasil são marcados por questões tópicas e desarticuladas da totalidade, ou seja, há um empobrecimento na compreensão sobre a realidade urbana e sobre as metrópoles.
A metrópole apresenta uma centralidade em relação ao resto do território, dominando e articulando áreas imensas – um espaço dominante (político) como condição da reprodução generalizada – enquanto centro de uma morfologia hierarquizada estratificada.
Concordo com o Professor Leandro sobre a necessidade de estudos geográficos em relação a essa área que se quer constituir, porém discordo quando ele afirma “como seria uma região metropolitana sem uma metrópole de fato” e que certamente muitos geógrafos possuem a mesma posição.
Entretanto gostaria de assinalar que “a transferência pura dos conceitos e teorias ora construídas no mundo desenvolvido de pouco tem função ou serventia quando aplicada em realidades, como, por exemplo, a brasileira”, bem como aplicar o sentido da região metropolitana na formação de novos territórios (novas regiões metropolitanas) tal como a pensávamos até o início da década de 1990 também é de pouca valia.
Em suma, e reforço que aqui estou generalizando algumas questões, entendo que sim é viável que tenhamos no Triângulo Mineiro a Região Metropolitana de Uberlândia, seja em função do que Uberlândia hoje representa na dinâmica sócio espacial no Triângulo e Minas, seja em função da sua área de influência, marcada cada vez mais pela realidade do setor agronegócio”.

Professor André Vinícius Martinez Gonçalves (Geógrafo)

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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