Corte de ticket e de horas extras são prioridades da Prefeitura para contornar problemas financeiros

Em entrevista na manhã de hoje à Rádio 97FM, a prefeita de Frutal, Ciça, disse que finalmente vai começar a “enxugar” o que pode para economizar dinheiro, uma vez que o governo estaria devendo R$14,4 milhões em repasses para Frutal. Curiosamente a ordem de prioridades na fala da prefeita, foi essa: cortar o ticket alimentação dos servidores que ganham mais; cortar horas extras; e, se preciso, cortar cargos comissionados.

Pouco depois a prefeita reforçou que se necessário irá mexer nos cargos comissionados, que são os contratados sem concurso público. Dados apresentados pelo vereador Bruno Augusto já no começo desse ano mostrava que só nesses cargos a prefeitura consome R$6 milhões anuais com os salários.

Dessa história toda e ameaça de uma calamidade financeira para o município, uma pergunta fica no ar: se já se sabia que o estado estava em dificuldades para realizar os repasses há tempos, qual foi o planejamento feito para enfrentar essa situação? Por que não ter feito uma reforma administrativa com fins de economicidade com antecedência? 

Alguns outros detalhes também chamam a atenção. Ao longo do ano a Prefeitura já apresentou superávit na arrecadação, ou seja, tem arrecadado mais do que o previsto na lei orçamentária. Ou seja, para onde essas verbas têm sido direcionadas?

Enfim, para além da dívida com o governo do estado, há muito o que ser pensado em termos de planejamento e gestão na Prefeitura para entendermos a real dimensão disso tudo.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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