A onda da renovação de 2016 chega a seu ápice em 2018 nas eleições gerais

O resultado das eleições 2018 vieram para confirmar uma onda iniciada há dois anos em algumas partes do país: a da renovação e mudança. Talvez o maior expoente em 2016 tenha sido João Dória, eleito prefeito de São Paulo com o discurso do não-político. Em 2018, menos de dois anos após iniciar a sua vida de mandato, chega ao governo de SP. Em Minas Gerais, a renovação veio com a votação expressiva de Zema para o governo, que tirou o PT da disputa e acabou com a hegemonia pessedebista do estado ao aplicar uma vitória esmagadora em cima de Anastasia.

No âmbito federal, o cansaço do brasileiro com a disputa PSDB x PT pelo poder também se deu com a eleição de Bolsonaro. Mesmo com quase 30 anos de mandato na Câmara Federal, foi enxergado como a renovação que a presidência precisava. Seu discurso não foi o do não-político, mas a do político com o “saco cheio de tudo isso aqui está aí”. O resultado se confirmou nas urnas e hoje o futuro presidente já começa a pensar no Brasil de 2019 e acompanhar atentamente o que seus pares irão fazer nesse resto de ano na Câmara Federal, uma vez que as votações de hoje impactam também o ano que vem.

A onda de renovação iniciada em algumas cidades-chaves do Brasil no ano de 2016, chega a seu ápice em 2018. Resta saber até quando ela irá perdurar. Isso porque em menos de dois anos os brasileiros estarão novamente nas urnas para escolher prefeitos e vereadores.

Cabe agora aos eleitos sob a luz da renovação total da política fazer bem os seus trabalhos. E aí, possivelmente, as eleições municipais irão continuar a refletir essa onda de “limpeza” dos políticos tradicionais. Aproveitando essa “deixa”, pela região, um ou outro pretenso candidato a prefeito já começou a se articular nesse sentido. Mensagens em redes sociais ao comentar o resultado as eleições de ontem já apontavam algo como “agora é hora de começarmos a limpar a nossa cidade”.

Não tenho dúvidas que em janeiro de 2019 será dado um “start” nesse sentido. Agora é sentar e esperar o que virá pela frente.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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