Prefeitura de Rio Preto contrata projeto para captar água no Rio Grande em Icém (SP)

Deu no Diário da Região: A Prefeitura de Rio Preto, Semae, governo federal e a empresa Estática Engenharia assinaram nesta quinta-feira, 22, a ordem de serviço para dar início ao projeto executivo de captação de água no rio Grande. Apesar do custo milionário do projeto, que tem prazo de dois anos para ser concluído, a construção da mega-obra para buscar água a cerca de 60 quilômetros de Rio Preto é uma incógnita, segundo admitiu o prefeito Edinho Araújo (MDB). “O projeto vai mostrar a viabilidade da obra”, afirmou ele. O custo estimado para a empreitada como um todo varia entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão, segundo consta no Plano Municipal de Saneamento Básico.

De acordo com Edinho, ao término da elaboração do projeto executivo, com detalhes da obra, e exatidão sobre gastos, será necessária ainda uma discussão com a sociedade para seguir com a empreitada, que vai depender de outra licitação e da liberação de recursos do governo federal. “Temos de ver a viabilidade do projeto. Não sabemos o custo disso. Qual vai ser a fonte de financiamento que vamos ter de buscar. Isso é uma ação preliminar. Esta é a situação do momento: a elaboração do projeto. Depois, vamos para outra etapa, a de discutir com a sociedade para ver a importância desse projeto e buscar as fontes de financiamento”, disse o prefeito.

Os R$ 14 milhões só para o projeto executivo (a fundo perdido, ou seja, liberado diretamente do governo federal para o município), começará a ser utilizado com três anos de atraso. A licitação para elaboração do projeto foi aberta em 2015, ainda no governo de Valdomiro Lopes (PSB). Apenas nesta quinta a ordem de serviço foi autorizada. “Não havia recursos”, disse Edinho.

Segundo o Diário apurou, a estimativa de prazo de execução da obra é de seis a oito anos. As projeções do município preveem que, caso seja mesmo executada, a captação de água no rio Grande deve entrar de fato em operação a partir de 2030. “Este é um projeto para as próximas gerações”, afirmou o superintendente do Semae, Nicanor Batista Júnior. Segundo o superintendente o projeto executivo irá detalhar como deve ser feita a obra, que ele defendeu enfaticamente. “Cidade que tiver água estará na frente das outras e Rio Preto não irá fica para trás”, disse. Segundo Nicanor, a capacidade de abastecimento de água em Rio Preto chegará ao limite em cerca de 10 anos, quando for distribuída para cerca de 600 mil pessoas. Atualmente, o abastecimento é para 450 mil moradores. Também participaram do evento o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Henrique Pires, representantes da Caixa, que vai liberar a verba do projeto, e dezenas de convidados, que lotaram o gabinete do prefeito.

O projeto inicial prevê a captação em Icém, município onde o rio faz fronteira entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais. Serão cerca de 53 quilômetros de adutoras, que passarão às margens da BR-153. A água irá chegar a uma nova estação de tratamento que será construída perto do Distrito Industrial Carlos de Arnaldo e depois distribuída para a cidade. Serão 3 mil litros de água por segundo, de acordo com a autarquia.

O Semae afirma ter feito pré-consulta para obter licença de uso dessas áreas, o que economiza em desapropriações. A autarquia também tem outorga para uso da água do rio Grande. “O projeto irá definir as etapas necessárias, qual o custo, e daí vamos ver como viabilizá-lo”, afirmou Nicanor.

Fonte: https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo/2018/02/politica/rio_preto_e_regiao/1096719-a-previa-milionaria-de-um-sonho-bilionario.html

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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