Professores do município são punidos por ato contra reforma da previdência

Existem duas formas de se governar: uma é respeitando o direito dos trabalhadores de, inclusive, promoverem manifestos e paralisações. Outra é a forma autoritária, punitiva, que tenta tolher o direito ao livre pensamento, iniciativa e manifestação. Infelizmente Frutal parece estar vivendo essa segunda maneira no que tange a relação entre a Prefeitura e os professores. Por ironia do destino, justamente a classe de trabalhadores que ensina cidadania às crianças e as preparam para que possam ser pessoas conscientes de seus direitos e deveres para com a sociedade brasileira.

Isso tudo porque uma parcela dos professores municipais aderiu à paralisação nacional contra a Reforma da Previdência. Vejam bem: foi um movimento em todo o país que parou as atividades por um dia nas escolas para dar um grito contra o Governo Federal em busca de uma revisão no projeto que faz a reforma da previdência social. E o resultado disso? Professores com o dia de paralisação descontados em sua folha de pagamento, além da perda do Ticket Alimentação, uma punição normalmente dada pelo município para quem falta de seu serviço.

Na conversa nem mesmo a possibilidade de uma reposição do “dia perdido” foi acatada, conforme professores relataram ao Blog do Portari. Com esta atitude a Prefeitura, em especial a mandatária maior do município, D. Maria Cecília, mostra bem qual a sua cara: ao invés de respeitar o direito dos professores, age com grau de autoritarismo e coronelismo ao aplicar uma punição a quem está lutando pelo seu futuro.

Lamentável. Muito lamentável. Marcas de uma gestão que se demonstra completamente perdida, politicamente falando. Aos professores, minha solidariedade. E que a luta persista, sempre!

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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