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Bruno Augusto solta a “bomba” contra a Uniesp em Frutal

O vereador Bruno Augusto fala agora na Tribuna da Câmara. Como prometido, ele toca no assunto da FAF/Uniesp e as explicações dadas aos vereadores na última segunda. “Não tenho nada contra ao senhor Randal nem contra nenhum funcionário. Só que andei pesquisando e fiz um levantamento. Porque muito me estranhou quando o senhor Randal falou aqui das pessoas que falavam que a Uniesp era caso de polícia. Não vou falar sobre preço, mas vou falar sobre o chamado Uniesp Solidária, que é o maior problema da Uniesp. Por que isso me preocupa? Porque ela veio para a nossa cidade. Eu disse na semana passada que eu tinha um pé atrás. Retiro o que eu disse. Agora eu tenho é os dois pés atra´s. O que eu apurei sobre a Uniesp dá medo, dá medo”.

Em seguida, ele reproduziu uma gravação por telefone que ele fez com um funcionário da Uniesp em Campinas.

Na gravação, Bruno conversa com um funcionário chamado Leandro, que informa que sem o financiamento a mensalidade custa R$999. Ao ser perguntado sobre o financiamento, o funcionário informa que se ficar até o final do curso, o aluno não paga a mensalidade porque a mensalidade seria paga pela própria Uniesp.

Ao perguntar como funciona esse não pagamento, o funcionário informa que a Uniesp “paga para você” mas ele é obrigado a se formar, senão teria que pagar a dívida toda. “A gente tem contrato com o governo, depois a gente devolve a mensalidade para o governo”, diz a gravação.

“Eu não pago nada?” – pergunta o vereador

“Não, não paga nada. Mas tem que fazer todo o cadastro, tem umas regras aí também” – diz o funcionário.

Em seguida é informado que o contrato é registrado em cartório com todo o regulamento que deve ser seguido pelo suposto estudante, regendo sobre faltas, notas, etc.

“É um Fies?”

“É uma espécie de Fies. Se você não cumprir as regras você tem que pagar. Se cumprir, não tem que pagar nada”.

Para o vereador, algo muito estranho ocorreu nessa conversa, já que não é possível visualizar uma faculdade particular que não receba. Ele afirmou ter procurado informações no MEC e este informou que o aluno opta se quer ou não fazer o FIES e que ninguém é obrigado a fazer financiamento estudantil e nem deve ser incentivado pela faculdade a assumir o financiamento. “Você assume a dívida, não é a Uniesp que assume”.

Ele contou ainda que 18 unidades da Uniesp estão proibidas de fazer contrato com o Fies por denúncias de fraude. “Esse contrato que eles dizem, que é esse daqui (mostra o contrato), não tem nenhum valor jurídico”.

O vereador destacou algumas cláusulas do contrato, como uma que diz que o aluno que faz o Fies pela Uniesp ganha um tablet ou um notebook o que, para ele, é errado até mesmo conforme o MEC. “É dinheiro público nosso que vai estar lá com as bolsas. Temos que pensar muito bem para onde o dinheiro está indo. Esse programa Uniesp Solidária não passa de um programa mentiroso. A Uniesp não paga nada para ninguém. Pelo contrário, ela usa uma artimanha covarde que ilude os alunos e não paga nada para ninguém. Eu não poderia deixar passar isso porque está entalado na garganta, no peito. Essa Uniesp tem muito processo e tem fama ruim. E vai ludibriar a nossa cidade também?Nossos estudantes?”.

Os questionamentos estão lançados. Agora resta a população tirar suas conclusões sobre a questão.

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rdportari

Jornalista, professor universitário, Dr. em Comunicação

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